Abstracionismo é a arte que não representa as coisas que existem no mundo. Liga-se as vanguardas européias das décadas de 1910 e 1920, que recusam a representação da natureza. Decomposição da figura,simplificação da forma,novos usos da cor, descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, são algumas das características.
Pode-se destacar duas vertentes abstratas: A primeira com influências do expressionismo e do fauvismo, têm como característica a emoção, a cor e a individualidade. A segunda é mais racionalista, fundamentada no cubismo, o rigor matemático e a depuração da forma, aparece descrita como abstração geométrica.
As vanguardas russas exemplificam as duas vertentes: Wassili Kandinsky (1866-1944), faz parte do abstracionismo lírico, considerado pioneiro da pintura não-figurativas. Seu movimento em direção à abstração inspira-se na música e na defesa de uma orientação espiritual da arte, apoiada na teosofia. Faz parte, além de Franz Mac, August Macke e Paul Klee do grupo Der Blaue Reiter criado em 1911 na Alemanha.
Kasimir Malevich (1878-1935), um dos maiores expoentes da arte abstrata geométrica. Defende uma arte comprometida com a pesquisa metódica da estrutura da imagem. O neoplasticismo de Piet Mondrian e Theo Van Doesburg indica outra tendência da abstração geométrica. O movimento se organiza em torno da revista De Stijl , 1917, com o propósito de encontrar nova forma de expressão plástica, liberta de sugestões representativas. As composições se articulam com base em elementos mínimos: a linha reta, o retângulo e as cores primárias - azul, vermelha e amarela -, além da preta, branca e cinza.
Depois da segunda guerra mundial (1939 - 1945), a Europa e os Estados Unidos assistem a desdobramentos da pesquisa abstrata. Nos Estados Unidos, a abstração ganha força com o expressionismo abstrato de Jackson Pollock (1904 - 1997) e Willem de Kooning (1904 - 1997) - que descarta tanto a noção de composição, abstração geométrica, quanto a abstração lirica -, as grandes extensões de cor não modulada de Barnett Newman (1905 - 1970) e Mark Rotkho (1903 - 1970) e pintura com cores planas e contornos marcados de Ellsworth Kelly e Kenneth Noland.
O minimalismo de Donald Judd, Ronald Bladen e Tony Smith, Jasper Johns e Frank Stella. No Brasil as obras de Manabu Mabe , Tome Ohtake, Cicero Dias e Antonio Bandeira aproximam-se do abstracionismo lírico. Em termos de abstração geométrica, são mencionados os artistas reunidos no movimentos concreto de São Paulo (Grupo Ruptura)e do Rio de janeiro (Grupo Frente).